Susan Jacobs comenta os primeiros experimentos feitos para Through the Mouth of the Mantle [Através da boca do manto], obra que apresenta na #32bienal:
"Eu vim com algumas noções do que gostaria de fazer aqui. Gostaria de abordar este projeto de forma bastante aberta e trabalhar com processos e contingências. Então, vim sentir o espaço, a poética dele e o contexto que abrange a Bienal. Trouxe algumas ideias que, assim como os experimentos científicos, são muito básicas, não são complicadas, mas às vezes levam algum trabalho até que possam ser realizadas. Uma delas é uma reação química a partir do açúcar e o bicarbonato de sódio. Você aquece esta mistura e ela cria uma serpente ou uma forma que parece um chifre. Ela parece estar vindo do nada e surge uma massa, uma forma. Manifesta-se em uma forma enrolada, que vai rolando. Ontem tentei algumas vezes e tive sucesso. Aqui no parque e, depois, levamos o experimento para o pavilhão. Pusemos diretamente no chão e funcionou, pude filmar. Também estive explorando o espaço, trouxe diferentes materiais para o edifício e filmei as reações. Relacionando com alguns projetos que fiz no passado, nos quais trabalhei com um colaborador e amigo meu, trabalhamos fazendo fogo com lentes, usamos os raios solares para atear uma chama. Em outro projeto recente, trabalhei com duas serpentes píton australianas para fazer um desenho. O processo envolvia colocá-las sobre uma cama de areia, onde elas rastejavam e eu podia gravar seus movimentos. Realmente gostaria de abordar este projeto de forma bastante aberta e responder ao que aconteceu com meus processos. E sim, acho que trazer algo de qualidade material nestes experimentos, dentro de uma instalação espacial e escultural, poderá envolver bastante trabalho. Mas não tenho certeza de como vai ficar. Tenho que confiar no processo".