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Na performance Ilusões Grada Kilomba usa a tradição oral africana num contexto contemporâneo, utilizando textos, narração, imagens e projeção de vídeo, para recuperar memórias e realidades de um mundo pós-colonial: "Não há nada de novo para contar, pois todos nós sabemos que ainda habitamos as geografias do passado". Para explorar esta coexistência de tempos, na qual o passado parece coincidir com o presente e o presente parece sufocado por um passado colonial que insiste em permanecer, Grada Kilomba deixa transparecer uma sociedade narcisista, que dificilmente oferece símbolos, imagens e vocabulários para lidar com o presente. Uma ilusão de tempos e espaços, que a artista reconta através dos mitos de Narciso e Eco. Narciso está encantado com a sua própria imagem refletida no lago, ignorando todos os outros, enquanto Eco está limitada a repetir apenas aquilo que ela escuta. Como ultrapassar este cenário colonial?
Inscrições via formulário
Sujeito à lotação do espaço (300 lugares)
Direção artística, texto, vídeo e coreografia: Grada Kilomba
Performance (em vídeo e/ou palco): Martha Fessehatzion, Moses Leo, Grada Kilomba, Zé de Paiva
Câmera: Zé de Paiva
Assistência de câmera e de som: Laura Alonso, Tito Casal
Música: Moses Leo
Figurino: Moses Leo
Parte da performance Ilusões foi criada e concluída durante a residência artística do Goethe-Institut em Salvador, Bahia, Vila Sul.
Foto: Moses Leo