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Para acompanhar e complementar os debates propostos na exposição presente em Itajaí, um programa de filmes, conversas abertas e ativações de obra com a participação dos artistas da 32ª Bienal estará na grade de atividades do Sesc em Itajaí entre os meses de outubro e novembro. São conversas e ativações de obra com o coletivo OPAVIVARÁ! e o artista Jonathas de Andrade, além da exibição de filmes comissionados para a INCERTEZA VIVA, às terças feiras no Teatro do Sesc em Itajaí. Após as exibições dos filmes, serão realizadas conversas abertas entre o público e convidados especiais. A mediação será conduzida por Cláudia Cárdenas, roteirista, cineasta, pesquisadora, professora e integrante do duo Srangloscope, que trabalha linguagens não narrativas em seus vídeos e filmes.
Transnômades (2016), de OPAVIVARÁ!
Para ativar a obra Transnômades, um conjunto de dispositivos móveis de interação pública, que circula pelos ambientes, buscando um diálogo com as formas de expressão do comércio ambulante e dos carregadores, o coletivo OPAVIVARÁ! promove dois encontros e uma conversa com o público de Itajaí.
Exibição de filme • Ma’arad Trablous [A exposição de Trípoli] (2016), de Alia Farid
Alia Farid trabalha num campo híbrido entre arte e arquitetura, estimulando o pensamento crítico frente aos espaços urbanos. Seus projetos e reflexões se manifestam na forma de intervenções, vídeos e instalações. Para a 32ª Bienal, a artista desenvolveu um vídeo nas construções da Feira Internacional Rashid Karami em Trípoli, Líbano (1963). Este complexo arquitetônico foi desenhado pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer (1907-2012), assim como alguns prédios do Parque Ibirapuera em São Paulo (1953) construídos para o IV Centenário da cidade.
Convidado: Gilberto Sarkis Yunes Professor adjunto no Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC. Em 2010, realizou pós-doutorado junto à Università degli Studi di Napoli Federico II, na Itália, como professor convidado do Programa Erasmus Mundus / MaCLands, Master em Paisagens Culturais. Tem atuação nas áreas de arquitetura, urbanismo e design, com ênfase em história e preservação do patrimônio cultural.
Exibição de filme • Running Out of History [Esgotando-se de história] (2016), de Michal Helfman
Michal Helfman trabalha com escultura, desenho, instalação, performance, dança e filme. Para a 32ª Bienal, a artista apresenta a videoinstalação Running Out of History [Esgotando-se de história] (2016), um filme ficcional baseado em dois diálogos reais com uma narrativa sobre justiça, construção histórica, arte, política e práticas ativistas. Essas conversas acontecem em torno de questões acerca do contrabando e a partir das semelhanças e diferenças entre ativistas e artistas, como figuras que podem inspirar e influenciar a realidade.
Convidado: Coletivo ETC O grupo inquieta-se por provocar gradativos ruídos na frequência contínua que visa domesticar o despolitizar a relação entre corpo e cidade, na busca de questionar e contaminar a sociedade do espetáculo. O trânsito configura a sua manifestação enquanto coletivo: energético, catártico e efêmero.
Exibição de filme • Bombom’s Dream [Sonho de Bombom] (2016), de Cecília Bengolea e Jeremy Deller
A coreógrafa, dançarina e performer Cecília Bengolea trabalha pela segunda vez em parceria com o artista Jeremy Deller neste projeto que se utiliza de diferentes linguagens e que partem de fenômenos da cultura popular contemporânea, sobretudo da música e da dança, para pensar de modo crítico suas relações com a economia, condições de trabalho e sistemas políticos. Num complexo emaranhado de influências tradicionais e modernas e alinhados a contextos culturais e políticos específicos, Bengolea e Deller trazem à vista movimentos identitários de resistência e afirmação de gênero, sexualidade e comportamento.
Convidado: Anderson do Carmo Bailarino do Grupo Cena 11 Cia de Dança, pesquisador das artes e crítico baseado em Florianópolis. É graduado na Licenciatura e Bacharelado em Teatro no CEART-UDESC e mestrando em Linguagens Cênicas, Corpo e Subjetividade do PPGT-UDESC. Visita teoricamente a obra de artistas da dança contemporânea e coordena projetos de produção crítica em contextos de investigação e performance.
Conversa aberta com Jonathas de Andrade
O artista Jonathas de Andrade, criador do filme O Peixe, um dos destaques da 32ª Bienal, conversa com o público de Itajaí sobre seu repertório e a criação da obra em cartaz na exposição.
Heaven [Céu] (2016), de Luiz Roque
Enquanto o conservadorismo cresce e acirra preconceitos de raça, classe e gênero, o futuro se fortalece como lugar recorrente na obra de Luiz Roque. Na 32ª Bienal, o artista apresenta Heaven [Céu] (2016), que se passa na segunda metade do século 21, quando a notícia de uma epidemia de origem desconhecida faz os órgãos de saúde levantarem a hipótese de transmissão de um vírus pela saliva de transexuais. A escolha precoce dos suspeitos repete a retórica preconceituosa e acusatória das campanhas contra a Aids na década de 1980.
Convidada: Lirous K'yo Fonseca de Ávila Coordenadora Geral da ADEH – Associação em Defesa dos Direitos Humanos – com enfoque na sexualidade, graduada em Serviço Social na UFSC (2016), com a dissertação “Ousadia, (in)visibilidades e exclusões de uma mulher trans na Universidade”. Foi membro da Comissão Permanente de Acompanhamento das Políticas de Igualdade de Gênero (UFSC), do Conselho Municipal da Juventude e Conselheira Estadual de Assistência Social (CEAS), em Florianópolis / SC.
Exibição de filme • Joking Relationship [A história do humor] (2016), de Gabriel Abrantes
Comissionado pela 32ª Bienal, o filme foi rodado no Mato Grosso (Canarana e aldeias Yawalapiti e Kamayura dentro do Parque Indígena do Xingu) e em São Paulo. O filme usa do humor e da irreverência para tratar do deslocamento de povos indígenas e da ameaça ecológica de usinas hidroelétricas, incorporando assuntos de antropologia, tecnologia e política à sua narrativa ficcional. A história conta a jornada de uma indígena comediante que se une a um robô e conquista a fama na indústria cultural de massa brasileira. O filme, de natureza insólita, coloca em questão os hábitos humorísticos de diversos grupos indígenas em contraste com o progresso e a inteligência artificial.
Convidada: Cinthia Creatini Doutora e Mestre em Antropologia Social, etnóloga, possui experiência na coordenação de Grupos Técnicos para identificação e delimitação de terras indígenas e quilombolas, e também na coordenação de Estudos de Componentes Indígenas. Membro da Comissão para Igualdade Racial da OAB/SC, é pesquisadora do Núcleo de Estudos e Desenvolvimentos em Conhecimento e Consciência e participa do A-Funda, Núcleo de Antropologia Fundamental do Departamento de Antropologia, ambos da UFSC.
GOZOLÂNDIA E OUTROS FUTUROS (2016), de Priscila Fernandes
Na 32ª Bienal, Priscila Fernandes apresenta um filme, parte da instalação GOZOLÂNDIA E OUTROS FUTUROS (2016), comissionada para a mostra. Realizado inteiramente no Parque Ibirapuera, faz referência ao país da Cocanha, mito medieval sobre a existência de um lugar onde há comida abundante, clima ameno e onde o trabalho é desnecessário. O filme articula relações entre a estética abstrata e o binômio trabalho/ócio, atualizando essa discussão ao contexto de hoje.
Convidado: Paulo Emílio Cabral Psicanalista, graduado em Psicologia pela USP e Mestre em Psicologia do Programa em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (2015). Escreveu a tese “Ensaio sobre a Preguiça”. Participa do Laboratório de Psicanálise e Análise do Discurso (LAPSI) e do Laboratório de Pesquisa e Intervenções Psicanalíticas (psiA).
Transnômades (2016), de OPAVIVARÁ!
Para ativar a obra Transnômades, um conjunto de dispositivos móveis de interação pública, que circula pelos ambientes, buscando um diálogo com as formas de expressão do comércio ambulante e dos carregadores, o coletivo OPAVIVARÁ! promove dois encontros e uma conversa com o público de Itajaí.
Transnômades (2016), de OPAVIVARÁ!
Para ativar a obra Transnômades, um conjunto de dispositivos móveis de interação pública, que circula pelos ambientes, buscando um diálogo com as formas de expressão do comércio ambulante e dos carregadores, o coletivo OPAVIVARÁ! promove dois encontros e uma conversa com o público de Itajaí.