Close-Up [Aproximação] (2016)

Anawana Haloba
1978, Livingstone, Zâmbia. Vive em Oslo, Noruega

A prática artística de Anawana Haloba é um contínuo processo de pesquisa sobre a posição de diferentes sociedades nos vários contextos políticos, sociais, econômicos e culturais, assim como sobre estruturas ideológicas pós-independência. Suas obras se vinculam e atravessam simbolicamente seus exercícios preparatórios para a escrita de poemas, dos quais a artista extrai obras performativas na forma de imagens em movimento, instalações e sons. Haloba cria situações nas quais a cultura material de um lugar qualquer pode ser explorada e reconsiderada dentro do esquema contemporâneo de rápidas transformações da subjetividade. Para a 32a Bienal, Haloba apresenta Close-Up [Aproximação] (2016), uma instalação com elementos sonoros centrada em cubos de sal que, ao longo do tempo, passam por processos de liquefação e gotejamento. O trabalho faz referência direta aos fluidos corporais humanos, aos minerais encontrados na paisagem e à importância histórica do sal como moeda de troca. A dissolução e a formação de gotas de sal é um processo lento, programado e amplificado, que ao fim leva ao alívio, por um lado, e à extinção, por outro.