Figura da instalação Towards a Homoerotic Historiography #1 #6 [Rumo a uma historiografia homoerótica #1 #6], 2013

Carlos Motta
1978, Bogotá, Colômbia. Vive em Nova York, EUA

Carlos Motta investiga as formas de representação de subjetividades e a construção de discursos visuais e culturais a partir delas, com ênfase especial em identidades e políticas atravessadas por sexualidade e gênero. Em suas obras a memória e a história não correspondem somente ao passado, mas são ferramentas críticas do presente, através das quais se questiona uma ideia opressiva de normalidade e, ao mesmo tempo, se abre espaço para outras práticas e subjetividades. Towards a Homoerotic Historiography [Rumo a uma historiografia homoerótica] (2013-2014) indaga sobre o papel da colonização nos processos de opressão da sexualidade de povos originários. Ao tratar das relações entre religião, lei, pecado e crime, esse trabalho visibiliza o modo com que práticas e discursos de violência incidiram nos corpos e nas subjetividades desses povos, apagando costumes e condutas que não correspondessem à moral cristã colonizadora. Na série de autorretratos Untitled Self-Portraits [Autorretratos sem título] (1998/2016), Motta explora a criação de personificações híbridas de gênero e raça. São personagens fictícios, que trazem o corpo como matéria sujeita a transformações, evidenciando a maleabilidade da identidade, as políticas da diferença e a ampliação dos horizontes da representação.