Rustle 2.0 [Farfalho 2.0], 2016
Em’kal Eyongakpa cria instalações, vídeos e performances que se baseiam em conceitos de rede e sistema presentes nos campos da biologia, da botânica e da tecnologia. Por meio de suas obras, o artista discute noções de equilíbrio e de interferência ao estabelecer a inter-relação entre elementos de distintas origens. Rustle 2.0 [Farfalho 2.0] (2016) consiste na criação de um ambiente que confronta elementos orgânicos com elementos considerados artificiais ou resultantes da ação do homem na natureza. As paredes cobertas por micélios proporcionam a ideia de redes interconectadas, em uma referência à internet; brônquios digitais se assemelham ao formato da África e da América Latina. O adendo “2.0” no título da obra refere-se à atualização de sistemas cibernéticos, colocando natureza e cultura como partes do mesmo todo e não como entidades separadas e autônomas. Eyongakpa sugere a ideia de algo orgânico na sobrevivência e na manutenção dos diversos sistemas – digitais, ecológicos, políticos – revelando uma estranha familiaridade entre eles.