Fotograma de The Desire Project [O projeto desejo], 2015-2016

Grada Kilomba
1968, Lisboa, Portugal. Vive em Berlim, Alemanha

Grada Kilomba é uma escritora, teórica e artista que ativa e produz saber descolonial ao tecer relações entre gênero, raça e classe. Sua obra dispõe de formatos e registros distintos, como publicações, leituras encenadas, performances-palestras, videoinstalações e textos teóricos, criando um espaço híbrido entre conhecimento acadêmico e prática artística. É partindo do gesto duplo de descolonização do pensamento e de performatização do conhecimento que Kilomba salta do texto à performance e dá corpo, voz e imagem a seus escritos. Na 32a Bienal, a artista mostra dois projetos diferentes. The Desire Project [O projeto desejo] (2015-2016) é uma videoinstalação dividida em três momentos: While I Speak, While I Write e While I Walk [Enquanto falo, enquanto escrevo, enquanto ando], vídeos cujo principal elemento visual é a palavra e que indicam a aparição de um sujeito enunciador historicamente silenciado por narrativas coloniais. Já Illusions [Ilusões] (2016) é uma performance que usa a tradição africana de contar histórias em narrações e projeções de vídeo. A leitura evoca os mitos de Narciso e Eco como metáforas de um passado colonial e políticas de representação que só espelham a si mesmas.