Vista da instalação TURBA, TURBO, 2016
A prática de Iza Tarasewicz inclui escultura, performance e desenho, e explora os dualismos entre o permanente e o efêmero, o orgânico e o artificial, o comum e o extraordinário. Muitos de seus trabalhos se relacionam diretamente à escala do corpo, e seu movimento no espaço e no tempo. Na 32a Bienal, Tarasewicz apresenta TURBA, TURBO (2015), uma escultura que consiste em uma estrutura inspirada tanto em uma estante modernista quanto no Grande Colisor de Hádrons do CERN, próximo à Genebra, na Suíça. Experimentos com materiais crus são dispostos sobre essa estrutura, como se a máquina gigantesca fosse acelerar suas partículas até a velocidade da luz, provocando estados de caos com o intuito de investigar a origem do universo. Ligando o infinitamente grande ao infinitesimalmente pequeno, TURBA, TURBO sugere uma associação do científico com o doméstico. Tarasewicz também desenvolveu o projeto de pesquisa Mbamba Mazurek, que retraça as influências do ritmo e da dança da mazurca em todo o mundo. Originária de uma área rural polonesa no século 16 chamada Masúvia, a mazurca é uma forma musical que se misturou com muitos estilos regionais, cujas características são encontradas no forró e no coco, por exemplo. Convidando performers a colaborar e compartilhar conhecimentos, o projeto explora relações circulares entre trabalho, ritmo e comunidade em práticas tradicionais globais.