Da série Brain Drawings [Desenhos cerebrais], 1952
Depois de estudar pintura nos anos 1940, Jordan Belson se dedicou a experimentos musicais e visuais para expandir o conceito de arte não objetiva ou abstrata em filme, e, em 1947, finalizou o primeiro de seus trinta e três filmes. Chamados por alguns de cinema cósmico, os filmes de Belson exploram a relação dinâmica entre forma, movimento, cor e som. Belson usou impressões ópticas, técnicas básicas de animação quadro-a-quadro, espelhos, caleidoscópios e diversos outros equipamentos de baixa tecnologia. Suas obras gráficas menos conhecidas eram muitas vezes estudos para cenas de seus filmes, como as pinturas sobre rolos de seus primeiros trabalhos. O filme Samadhi (1967), apresentado na 32a Bienal, é um trabalho fundamental na obra de Belson. O termo samadhi, segundo o budismo e a ioga, se refere a estados de concentração ou meditação profunda. Belson explora a relação entre percepção espiritual e teoria científica, valendo- se da filosofia e da religião orientais, mas também das teorias astronômicas de Johannes Kepler. Resultado de dois anos de trabalho, o filme – “um documentário da alma humana”, segundo o artista – é acompanhado de música ambiente composta por Belson. A maioria dos trabalhos gráficos é exibida ao público pela primeira vez.