Fotograma de Running Out of History [Esgotando a história], 2015-2016
Michal Helfman trabalha com escultura, desenho, instalação, performance, dança e filme. Para a 32a Bienal, a artista apresenta a videoinstalação Running Out of History [Esgotando a história] (2015-2016), filme ficcional com roteiro baseado em entrevistas reais da artista com a ativista israelense Gal Lusky, que criou uma organização não governamental atuante em lugares nos quais a entrada de ajuda humanitária internacional é dificultada por seus regimes políticos. O filme traz uma narrativa sobre justiça, construção histórica, arte, política e práticas ativistas. As discussões giram em torno de temas como contrabando, semelhanças e diferenças entre ativistas e artistas, figuras que podem inspirar e influenciar a realidade. As conversas são moderadas por dois dados impressos em 3D, cada face contém uma palavra da frase “Não perdoaremos, não esqueceremos” – cunhada em Israel acerca do Holocausto, mas que também serviu para legitimar atos de violência praticados por autoridades estatais. Na impressora 3D, uma dançarina se movimenta de acordo com as direções da máquina. O filme é parte de uma instalação que inclui barreiras e dispositivos, como caixas de transporte e esculturas. Dentro dela está uma escultura de chapa de metal com a imagem de uma balança, sugerindo um signo de ponderação, pesos e medidas ante a condição histórica e política tratada por Helfman.