Vista da instalação Psychotropic House: Zooetics Pavilion of Ballardian Technologies [Casa psicotrópica: Pavilhão zooético de tecnologias ballardianas], 2015-2016
Nomeda e Gediminas Urbonas desenvolvem uma pesquisa interdisciplinar na qual investigam o papel da imaginação – política, cultural, científica – como ferramenta para transformação social e discussão do espaço público. Em 2014, iniciaram o projeto Zooetics [Zooética] para explorar novas maneiras de conectar o conhecimento humano com o de outras formas de vida. É o que vemos em Psychotropic House: Zooetics Pavilion of Ballardian Technologies [Casa psicotrópica: Pavilhão zooético de tecnologias ballardianas] (2015-2016). A instalação inspira-se no livro de ficção científica "Vermilion Sands" (1971), do escritor inglês J. G. Ballard, que imagina um mundo no qual existiriam dispositivos tecnológicos vivos, como uma casa capaz de responder aos estados emocionais de seus habitantes. A obra apresentada na 32a Bienal mostra uma concepção de futuro no qual casas e objetos, mais do que construídos, possam ser cultivados por seus habitantes e usuários e vice versa. Utilizando o micélio, parte do fungo responsável pela absorção de nutrientes, oxigênio e energia em uma relação simbiótica com outras culturas e materiais, os participantes podem criar seus próprios artefatos biotecnológicos (micomorfos), promovendo a interação desse fungo com, por exemplo, casca de café, bagaço de cana-de-açúcar, etc.