Tendo como ponto de partida o feminismo comunitário boliviano, Katia Sepúlveda indaga mulheres se haveria também um feminismo mapuche. Neste áudio, a artista entrevista a socióloga e feminista Marta Ormazabal.
Taking Bolivian communal feminism as its starting point, Katia Sepúlveda questions women whether there would also be a Mapuche feminism. In this audio, the artist interviews the sociologist and feminist Marta Ormazabal.
#32bienal #camposonoro #coletividade
Bueno mi nombre es Marta Ormazabal, de profesión socióloga y trabajo en como directora del Pre-universitario de la federación de estudiantes de acá de la Universidad de la Frontera. Desde la cultura occidental también viene el feminismo y ahí está el problema, ellos ven el feminismo o ellas ven el feminismo como un aspecto más de la cultura dominante, pero el, es decir, desde mi punto de vista el feminismo es una respuesta a la dominación también, por lo tanto no debiera ser digamos el temor a construir desde su realidad desde esta realidad donde no hay paridad de construir digamos esa realidad digamos para generar relacionas más libres, más de no sé si igualdad la palabra pero de una relación más libre entre hombre y mujeres. Por lo tanto digamos, a mi me parece que, no hay que estar en contra del feminismo si no construir desde su realidad su propio feminismo o nuestro propio feminismo en esta convivencia entre mapuche y mestizo y estamos también sufriendo la mismas vulneraciones o vulneraciones similares, desde mi punto de vista dentro de su cultura digamos también obviamente hay otras discriminaciones otras formas de dominación hacia ello pero también trasciende lo que nos pasas a todos lo que también no son parte de la cultura mapuche. Entonces creo que hay un necesario hacerse cargo desde nosotras desde las que estamos en este territorio en y acercarnos y que también digamos las lamien las hermanas mapuches también puedan dialogar entorno a estos temas, yo creo que ese es el desafío nuestro como mujeres como miembros de este espacio digamos tan en conflicto que que xiste digamos acá. Creo que no podemos avanzar de todas maneras si seguimos pensando que vamos a poder aportar como mujeres feministas desde una mirada desde fuera, eso sí, si la construcción se hace desde acá con en los tiempos también y en la, en las luchas que valorizando también la lucha que como pueblo tienen pero no dejándolo como un tema de segundo plano yo creo que eso es lo fundamental, la liberación de cualquier, para mi digamos, la liberación de cualquier comunidad es multidimensional es en todo es en lo personal, es en lo social, es en lo comunitario, es en lo espiritual, por lo tanto no creo que el, la lucha por por la igualdad por la no violencia, por la libertad personal digamos de las personas tenga que darse en tiempos distintos, yo creo que ahí siento que algunas mujeres mapuche saben eso, lo tiene claro, pero les es muy personal digamos de las personas tenga que darse en tiempos distintos, yo creo que ahí siento que algunas mujeres mapuche saben eso, lo tiene claro, pero les es muy complicado digamos siento yo digamos poder instalar digamos esta esta necesidad, instalarla como discurso porque la necesidad yo siento que está.
Versão em português
Meu nome é Marta Ormazabal, socióloga, e trabalho como diretora do pré-universitário da federação de estudantes daqui da Universidade da Fronteira. Da cultura ocidental também vem o feminismo e aí está o problema, eles veem o feminismo, ou elas veem o feminismo como mais um aspecto da cultura dominante, mas, do meu ponto de vista, o feminismo também é uma resposta à dominação, portanto não deveria haver, digamos, temor a construir a partir de sua realidade, a partir desta realidade em que não há paridade, de construir essa realidade para gerar relações mais livres, mais de, não sei se igualdade seria a palavra, mas uma relação mais livre entre homens e mulheres. Portanto, me parece que não se deve estar contra o feminismo e sim construir a partir de sua realidade seu próprio feminismo, ou nosso próprio feminismo, nesta convivência entre mapuche e mestiço, e estamos também sofrendo as mesmas vulnerações ou vulnerações similares, do meu ponto de vista, dentro de sua cultura, obviamente também há outras discriminações, outras formas de dominação com relação a isso, mas também transcende o que nos acontece a todos os que também não são parte da cultura mapuche. Então creio que há é necessário abraçarmos a responsabilidade, nós que estamos neste território, e nos aproximarmos, e que também as lamien, as irmãs mapuches, que também possam dialogar a respeito destas questões, eu acredito que este é nosso desafio como mulheres, como membros deste espaço tão em conflito que existe aqui. Creio que, de todo modo, não podemos avançar se continuarmos pensando que vamos poder contribuir como mulheres feministas de uma perspectiva de fora, isso sim, se a construção for feita a partir daqui, nos tempos também e valorizando a luta que têm como povo, mas não deixando como uma questão de segundo plano, creio que isso é fundamental, a liberação – para mim, digamos –, a liberação de qualquer comunidade é multidimensional, é em tudo, é no pessoal, é no social, é no comunitário, é no espiritual, portanto creio que a luta pela igualdade, pela não-violência, pela liberdade pessoal, tenha que acontecer em tempos distintos, creio que aí sinto que algumas mulheres mapuches sabem isso, têm isso claro, mas sinto que é muito complicado para elas poder instalar essa necessidade, instalá-la como discurso, porque a necessidade sinto que está aí.
English version
My name is Marta Ormazabal, I am a sociologist and I work as a director of the pre-college program of the Student Federation at the University of the Frontier. From western culture also arises feminism, and that’s the problem, they [women] see feminism as one more aspect of the dominating culture, but it, I mean, from my point of view feminism is also a response to domination as well, therefore, there should not be, say, fear of building from its reality, from this reality in which there is no parity, to construct this reality to generate relationships that are more free, with more, I don’t know if equality is the word, but a relationship that is more free between men and women. Therefore, it seems to me that one should not be against feminism but build, according to one’s own reality, one’s own feminism, or our own feminism in this coexistence between Mapuche and mestizo, and we too are suffering the same infringement or similar infringements, from my point of view, within one’s culture, obviously there are also other discriminations, other forms of domination with relation to this, but also transcends what happens to us to all who are also not part of Mapuche culture. So, I believe it is necessary to embrace the responsibility, we were in this territory, and come closer, and also that the lamien, the Mapuche sisters, may also dialogue about these issues, I believe this to be our challenge as women, as members of this space that is in such conflict. I believe that, in any case, we cannot advance if we continue thinking that we will be able to contribute as feminist women from an outside perspective, that’s for sure. If the construction takes place from here and in these times and valuing the fight they have as a people, but not leaving it as a side issue, I believe that is essential, the liberation, for me, the liberation of any community is multidimensional, it’s in everything, it’s in the personal, it’s in the social, it’s in the community, it’s in the spiritual, therefore, I believe that the fight for equality, for nonviolence, for personal freedom, must happen at different times. I believe that some Mapuche women know that, they have that clear, but I feel like it is very complicated for them to be able to install this necessity, install it as a discourse, because the necessity, I feel, is there.
Autoria / Authorship:
Katia Sepúlveda
Narração / Narration:
Marta Ormazabal
* Os áudios do Campo Sonoro foram transcritos e/ou editados visando uma leitura mais acessível / All Soundfield's audios were transcribed and/or edited aiming to produce accessible contents