O desenvolvimento da identidade visual da 32ª Bienal definiu-se pela colaboração entre a curadoria e a equipe de design da Fundação Bienal. O processo iniciou-se com duas ideias bem distintas: uma referência aos sinais simplificados de orientação comuns em trilhas (hiking) e o apelo visual de desenhos especializados de seres vivos.
Após uma série de estudos, duas ideias foram combinadas e consolidadas em um conjunto de princípios orientadores: animais e plantas facilmente reconhecíveis e de alguma maneira presentes no universo cultural e/ou natural brasileiro ganharam tra- ços simplificados, distantes do detalhamento científico. A água-viva, o caranguejo e a raiz da mandioca ecoam o patrimônio cultural e ambiental do Brasil. Os sinais partem de formas elementares da geometria e contrastam fortemente com os desenhos feitos à mão. As cores amarelo, vermelho e azul, retiradas de normas de sinalização, são sempre aplicadas aos sinais, mas referem-se às imagens e evocam ideias como perigo, alerta, atenção e vida. Na sobreposição de elementos, sintetiza-se a ideia de incerteza como um ente vivo com o qual temos não apenas que conviver, mas também nos relacionar.